quarta-feira, 7 de novembro de 2007

REFLETINDO SOBRE O RACISMO NO BRASIL - PARTE 2




O estudo do IPEA “Desigualdades Raciais no Brasil”, de autoria de Ricardo Henriques (disponível na página http://www.ipea.gov.br/, 2002), e o boletim do DIEESE “Desigualdade Racial no mercado de trabalho” (nov/2002) mostram que:


- Empregados negros ganham menos do que os brancos, até 50% menos (dependendo da região do Brasil),

- Negros são mais desempregados do que brancos, em várias regiões metropolitanas do país,

- Negros têm consistentemente 2,2 anos a menos de escolaridade média do que os brancos, desde 1929,

- Há mais crianças negras do que brancas trabalhando,

- A indigência é 70% negra embora os negros sejam 45% da população,

- As mulheres negras têm ainda maior desemprego e menor renda que os homens negros,
- A mortalidade infantil tem caído mais para brancos que para negros,

- O analfabetismo é maior entre negros que brancos, quadro que se mantém, apesar da

diminuição do analfabetismo em ambos os grupos,

- O esgoto e a água tratada vão menos a lares negros do que brancos.

Tá bom, ou queres mais?

Uma pesquisa recente, nas universidades federais da Bahia, Brasília, Paraná e Maranhão mostra que consistentemente os negros têm bem menos assentos universitários que a proporção da população que representam (Queiroz, 2002).

A juventude destes estudos mostra como desconhecemos nossa realidade racial, deformada pelo mito da democracia racial, que achava que não havia discriminação nem desigualdade racial no Brasil.
(...)

Daí a necessidade de uma transformação radical das prioridades sociais e não somente da construção de ações de discriminação positiva em relação aos negros. E nesta luta, a unidade entre trabalhadores negros e brancos é essencial. Portanto, ações afirmativas devem ser conduzidas pelo convencimento dos brancos e não por um ambiente revanchista. Outra estratégia a ser evitada é baixar por decreto (executivo ou legislativo), sem uma discussão, medidas de ações afirmativas.

Numa sociedade racista como a brasileira, isso certamente será interpretado como “racismo às avessas”, embora seja somente reparação.

Agora é com você! Deixe aqui seu comentário ......

Um comentário:

Anônimo disse...

preconceito racial no brasil
ainda eh grande!!
pois essa escolha
do branco no lugar do negro
simplesmente pura falta maturidade
pq escolher um branco do q um negro pra ocupar uma vaga em um trabalho se negro pode ter mais capacidade??

!!vamos acabar com o racismo!!