( LUIS CARLOS OLIVEIRA )
A área de serviço é senzala moderna.
Tem preta eclética, que sabe ler “start” ;
“Playground” era o terreiro a varrer.
Navio negreiro assemelha-se ao ônibus cheio,
Pelo cheiro vai assim até o fim-de-linha;
Não entra no novo quilombo da favela.
Capitão-do-mato virou cabo da polícia,
Seu cavalo tem giroflex ( rádio-patrulha).
“Os ferros”, inoxidáveis algemas;
Ração pode ser o salário-mínimo,
Alforria só com a aposentadoria.(Lei dos sexagenários)
“Sinhô” hoje é empresário,
A casa-grande verticalizou-se,
O pilão está computadorizado.
Na última página são “flagrados” ( foto digital),
Em cuecas, segurando a bolsa e a automática;
Matinal pelourinho.
A princesa Áurea canta,Pastoreia suas flores.
O rei faz viaduto com seu codinome.
- Quantos negros? Quanto furor?
Tantos tambores...tantas cores...O quê comparar com cada batida no tambor?
- A escravatura não foi abolida; foi distribuída entre os pobres.”
Um comentário:
CECILIA PASSOS 2º ANO B
Olá pró...
Interessante seu blog.
Adorei.
Xero
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